21 maio 2010

palavras para a vida




















Na era dos Satélites

Mesmo nesta era de satélites e astronautas, os jovens continuam a pensar no amor e a viver dele.
Quando o astronauta americano Glenn partiu no seu foguetão e entrou em órbita, a esposa dele não saiu da sua órbita. Ele ficou com ela e ela foi com ele. E no regresso ela foi a primeira no seu pensamento e no seu coração.
É que o amor foi criado por Deus muito antes que os homens pensassem nos foguetões. Os satélites serão ultrapassados; aparecerão outras coisas mais perfeitas, mais maravilhosas. Mas o amor não passará.
Chamam ao nosso tempo o século da técnica, do átomo, mas são bem poucos os sábios que entendem as teorias de Einstein. Dizem que é o século dos satélites e quase ninguém viu um satélite de perto, e só há meia dúzia de nações que os sabem fazer.
Pelo contrário, podemos ir aos quiosques, aos cinemas, às conferências, aos passeios das cidades, aos jardins, às portas das casas das aldeias, aos clubes nocturnos e às igrejas, e há um tema, um tema único em mil línguas e gestos: o amor. Por cada olhar que houve há anos para ver o satélite Eco, havia naquele mesmo instante, e há hoje, milhões de olhares que querem descobrir o amor.
Este século - como, aliás, todos os séculos - é o século do coração. O homem contenta-se na vida com pouco das outras coisas: uma colherada de ciência, outra de política, uma pitada de história...; mas no amor, só fica satisfeito com o coração cheio.
Na era dos satélites, os soldados continuam a namorar.

in "1+1+x = namoro", Gregório Almendres - Editorial Perpétuo Socorro, 1979

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